Monday, May 01, 2017

Pacheco's de uma vida!

Hoje, ao chegar de mais uma das minhas peregrinações a Fátima, tinha um filme para ver, trazido pelos meus pais de Mangualde.
Vi...
Absorvi....
Recordei...
Senti...
Emocionei-me...
Não há como não sentir saudade de quem já não cá está....
Rever os seus rostos, é como voltar a senti-los quase aqui e perceber que a saudade é imensa, enorme, tão grande....
E segundo, não há como não ter saudades de rostos que vemos tão pouco...pouco demais.
O filme passava fotos de momentos da segunda mãe do meu pai...a sua mana mais velha...a Irmã Gina...a minha tia Gina.
Lá estávamos todos...os avós, os tios, os primos grandes e os mais pequenitos.
Uma família que começou com dois e passou a tantos a quem amo profundamente.
São meus...estão longe? sim, mas são meus!
A tia Gina, o Tio Lello, a Nônô, o Nuno, o Pedro, o Simão,a Graça, o Bruno, a Babu, o Filipe, a Miguel, o Gabriel, a Nônô, a Pipa, a tia Leonor, o João , a Fátima, a Inês, a Mariana, o Pedro, a Laurinda, o Pedro, o César, a Inês, a Rita, o João, a Gina, o Miguel, a Diana, o Luís e a Nely....(e também as namoradas e namorados dos primitos e primitas que ainda não sei os nomes).....e eternamente no meu coração o Avô Filipe, a Avó Aida, o Tio Manuel, a Tia Augustinha, o Tio Ernesto e a Guwen.
Para quem lê são só nomes....para mim? É mais .......muito mais! São rostos, são histórias, são momentos, são lágrimas, são sorrisos, são alma, são vida, são meus!

Monday, August 29, 2016

Ninguém nos prepara...

Ninguém nos prepara para a morte...
Preparam-nos para a escola primária, para a universidade, para o casamento, para o novo emprego, para tanta coisa, mas ninguém, mesmo ninguém nos prepara para a morte.
Ninguém me preparou para a morte da Avó Aida...do Avô Filipe...do Tio Manuel...da Tia Agostinha...e ninguém me preparou para a morte do Tio Ernesto.
Não estava à espera...mas ainda tive a oportunidade de estar com ele e "brincarmos" com as novas tecnologias, tirando uma "selfie", que demorou uma eternidade a tirar =).
Ali foi o nosso ultimo momento juntos. Não o sabíamos. Porque se soubéssemos não teria sido um momento...teria sido uma eternidade.
Fica a saudade de homem que marcou a minha vida pela sua forma de ser, por se dar aos outros como ninguém. Um homem que amava a sua família e que gostava tanto de nos ter todos juntos.
Obrigado Tio Ernesto por tudo! Pelas pequenas coisas e pelas grandes! Obrigado pelos primos que me deu e a quem eu amo com todo o meu coração! Eles são para mim um tesouro precioso.
Nada, nem ninguém vai preencher o teu vazio. Só o tempo nos vai ajudar a suportar melhor a tua falta.
Que festa houve no céu naquele dia! Estiveste de novo com os teus! Cantou-se sem dúvida a plenos pulmões o hino de Santiago!"Santiago de Cassurrães! Miradouro da Estrela! fadou-te Deus para seres, das regiões a mais bela!"
Até já Tio Ernesto! Beijinhos aos avós, aos tios e ao Tio Alberto!

Tuesday, March 03, 2015

O primo Zé

O primo Zé foi para a Alemanha. Por um ano...dois...não sabemos.
Tudo isto fez-me refletir...
O primo Zé...(e a prima Mena) são mais que primos...são irmãos.
Infância muito partilhada, que criou e enraizou laços que não se perdem, nem vão perder.
Os caminhos nem sempre se cruzaram, nem sempre se cruzam. Mas sabemos que estamos sempre lá.
E agora, os laços passam para as pequeninas que Deus nos deu a responsabilidade de cuidar e criar.
Continuamos a caminhar os quatro, lado a lado. Agora já não somos só quatro, somos mais. E também eles caminham connosco.
Primo Zé...sê feliz e que esta escolha te traga muito mais do que possas imaginar!
Estás aí por mérito próprio e nós cheios de orgulho ficamos por cá a apoiar-te sempre para mais e melhor.


Wednesday, August 27, 2014

O Nazareno de uma vida...

Tem 15 anos...vai fazer 16...
Está na fase da adolescência, quase jovem.
A rebeldia própria da idade começa a aparecer e os últimos anos não têm sido fáceis.
O Nazareno de há 2014 anos atrás mudou vidas, desinstalou hábitos e fez que muitos deixassem pai e mãe e o seguissem.
O Nazareno de há 15 fez também fez o mesmo.
Muitos dos que por lá passaram, se não o tivessem feito, hoje se calhar não estariam como estão.
Por mim falo.
Hoje, se tenho os amigos que tenho, a ele o devo.
Se a minha vida está como está, foi porque um dia cruzei os meus caminhos com os seus.
E de tantos outros que, se fizerem esta reflexão, vêm que isso também acontece com eles.
As vidas mudam e outros caminhos se cruzam.
A idade dele (grupo) a de quem por lá anda (eu), exige neste momento reflexão cuidada do que se quer para o futuro dele (grupo) e de mim.
Vou deixar a luz do céu entrar, para perceber o que fazer...
Os filhos não nascem para nós.
E às vezes cada um tem de seguir o seu caminho.

Tuesday, August 19, 2014

Santiago de Compostela...check

Há uns tempos aqui deixei algumas coisas que gostaria de fazer...
Santiago de Compostela...chek! =)
Falta o resto!

Wednesday, September 11, 2013

Até sempre...

E eis que no dia 10 de Agosto fechei um ciclo de 14 anos. Finalmente a após estes anos consegui ir a casa dos meus avós em Mangualde. 
Desde que eles me deixaram, não conseguia ir mais longe que o início da rua.
Mesmo aí, era doloroso , pois a imagem da avó Aida na janela era demais e fazia sentir uma dor que não se explica por palavras.
nesse sábado, decidi que tinha de ir lá... porque amnhã poderia ser tarde demais.
Fui com a Maria.
Ela, pequena, queria saber mais os porquês, os significados daqueles de quem ouve falar tanto.
A voz quase não saía para explicar o que estava por detrás de cada janela.
Para ela ficaram as divisões da casa. Para mim, cada janela carrega histórias e momentos que guardo eternamente no coração.
No quarto dos avós, o saltar para a cama deles e conversar com o avô, atender os telefonemas, ver a avó a pentear o seu cabelo ou o avô a fazer o nó da gravata.
A casa de banho da benheira grande de pés, que era tão fria e que sempre tinha o grande aquecedor no inverno para os banhos.
A grande sala que albergava as festas de família e que cheirava sempre a chá. O grande relógio que agora mora comigo e continua a marcar as horas da minha vida.
O terraço que albergou brincadeiras de primos e conversas de família sob o sol de verão.
O sotão de escada em caracol que sempre me fascinou e que só guardava pó e teias que o tornavam misterioso.
A sala do avô trabalhar que guarda as suas histórias que sempre nos contava e tem impressos os passos de um homem honrrado que amou a sua família.
O corredor que foi pista de corridas dos netos e autodromo de tricíclos.
A sala de almoço...ponto central da vida da casa. É trabalhada com rendas, cheiros e sons. rendas da avó, cheiros de sabores que não se esquecem e sons do bandolim do avô, que se fechar os olhos ainda consigo ouvir.
O quintal que guarda a imagem do Nilo, dos gatos e das árvores de fruto. Agora tudo entrelaçado com plantas que teimam em querer crescer e apagar o pouco que resta. Já nem há o quintal do "Fonseca"..."Funfeta" na boca dos mais novos  que era destino dos brinquedos caso a sopa não se comesse.
Agora aí mora o progresso.
Bati a porta...o batente devolveu o som familiar que ainda mora em mim, mesmo depois de 14 anos.
Queria ter batido com mais força e que a porta se abrisse e eu podesse percorrar toda a minha vida naquela casa.
A campainha já não toca...nem sequer dá para espreitar na caixa do correio.
As cortinas feitas pela avó teimam em continuar na janela, como que para me lembrar que um dia, no n.º 32 da Rua de Nossa Senhora do Castelo eu fui feliz! Eu fui muito feliz!
Subi a rua com a Maria. Alíviada. Calma. Feliz.
Olho para trás e sinto que lá dentro, na sua sala, o avô arranja os relógios. E à janela, a avó Aida está a dizer-me adeus.